Coordenadora do Projeto
Vice coordenador
Alejandro Goldberg, Carlos Eduardo Siqueira, Cássia Maria Carraco Palos, Cássio Silveira, Daniel Granada da Silva Ferreira, Evelyn Secco Faquin, Fabiane Vinente dos Santos, Jeffrey Lesser, Juliana Fernandes Kabad, Líria Maria Bettiol Lanza, Lucimare Ferraz, Márcia Grisotti, Maria Angela Conceição Martins, Priscila Detoni Pavan, Regina Yoshie Matsue, Silvia Angela Gugelmin, Silvia Regina Viodres Inoue, Vivianne Peixoto da Silva.
Badr Abou Dehn Pestana, Beatriz Céspedes, Átina Schipitoski, Cristóbal Abarca Brown, Eliane Ricardo Charneski, Lucilia de Souza Almeida, Mariá Lanzotti Sampaio, Michele Almeida Hora, Monalisa Rocha Campos, Nicolas Neves dos Santos, Odair Bonacina Arruda, Oscar de Sousa Domingos, Raíssa Andressa de Souza, Renata Tomazelli Ferreira
Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade do Estado de Santa Catarina, Universidade Estadual de Londrina, Universidade Federal de Mato Grosso, Universidade Federal de Uberlândia, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), University of Massachusetts- Boston, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Emory University, Fiocruz Amazônia - Instituto Leônidas e Maria Deane.
O projeto "Acesso à saúde e vulnerabilidades de migrantes internacionais no contexto de disseminação da COVID-19: uma pesquisa interinstitucional em rede colaborativa" foi secionado para compor a Chamada UN-Research Roadmap COVID-19, que visa apoiar projetos de pesquisa colaborativa que subsidiem políticas públicas voltadas à recuperação da crise socioeconômica decorrente da pandemia. Também foi aprovado no edital Universal (Cnpq).
A exposição da população à COVID-19 tornou mais acentuadas as desigualdades já existentes em nossa sociedade, potencializando as vulnerabilidades que podem afetar de modo desigual as populações em deslocamento. O projeto: Acesso à saúde e vulnerabilidades de migrantes internacionais no contexto de disseminação da COVID-19 - investigou como a pandemia afetou migrantes no Brasil. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, multicêntrica, nacionalmente multisituada. A pesquisa foi realizada em São Paulo, Florianópolis, Chapecó, Uberlândia, Londrina, Cuiabá, Várzea Grande e Manaus. Foram conduzidas entrevistas em profundidade com 84 migrantes de países como Venezuela, Haiti, Síria, Colômbia, Bolívia e Angola, além de 36 informantes chaves, como representantes de organizações da sociedade civil e profissionais de saúde. Foram realizadas 120 entrevistas em profundidade, além da contextualização de cada local de pesquisa, a caracterização sociodemográfica dos participantes e a contextualização da situação de cada entrevista. Foram agregados dados sociodemográficos, epidemiológicos e de políticas públicas, registro de imagens, histórico dos fluxos migratórios, atividades econômicas e inserção de migrantes. A análise do material dos migrantes foi organizada em duas dimensões; uma local, artesanal, realizada em cada núcleo e outra global, do material coletado em todos os núcleos. A pesquisa revelou que a pandemia acentuou as desigualdades e vulnerabilidades dos migrantes, especialmente os trabalhadores informais. O auxílio emergencial do governo e a ajuda de organizações da sociedade civil foram fundamentais, mas houve desconfiança em relação à vacinação. A importância do SUS no acesso à saúde foi destacada, assim como as barreiras linguísticas e culturais enfrentadas pelos migrantes. A análise forneceu subsídios para políticas públicas que busquem reduzir as iniquidades no acesso aos serviços de saúde.
Financiador(es):
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo-FAPESP (Edital United Nations-Roadmap) e Cnpq (Edital Universal)